Todos os dias, eu pegava o bonde
Passava em frente ao cine Metrópole
Que não existe mais.
Passava em frente ao cine Guarany
Ele está lá, mas não funciona também,
Virou depósito
A rua da Bahia era boa de se ver!
Passava em frente a Igreja de Lourdes
A Igreja de Lourdes continua lá...
Aliás, as Igrejas se mantêm no lugar
A Praça da Liberdade, o bonde passava do lado
O Colégio Isabela, das meninas bonitas
O Minas Tenis Clube, com seu porteiro
Cercava quem não tinha pago o mês...
O Ginásio, os jogos, as Olimpíadas...
A Padaria Excelsior, continua la´
Na virada do ponto final eu descia...
Passava a pé, na porta do bar do Miro
Em frente a "bitaca" da Dona Idalina
Via o Ciro, que tinha medo
Era só gritar: " Olha o ouro",
Que ele vinha pedindo pra calar a boca,
Com medo dos ladrões...
Este percurso ficou na minha cabeça!
Quando acabaram com os bondes,
Não pensaram nas lembranças!
Elas permanecem firmes, sempre
Tomando carona na ilusão
De que tudo esta no lugar...
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