Quando o João Antônio me convidou para ver o serviço
Não pensei duas vezes:
Preparei a matula!
De manhã cedinho, já estava montado na égua arreada!
Andei pelo caminho do jequitibá, até chegar lá
O café do palmito, só mesmo tarefa pra dar jeito
Tinha mato até na cintura!
Cem pés de tarefa estavam de bom tamanho
A turma suava por entre lobeiras e braquiárias
Num pique só, iam espalhando o perfume do mato
Só parando, pra acender o cigarro de palha, que teimava apagar.
Onze horas, tarefa terminada.
No braseiro, as marmitas enfileiradas, juntei a minha
Assentados à sombra da castanheira
Eu via a mina minar água serena
Numa folha de inhame apanhei pra beber
Água dançava pra lá e pra cá
Equilibrava pra não cair e bebia
Só aí que notei:
As gotas d’água pareciam prata no fundo verde da folha!
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